Quando É que se deve ir ao psicólogo?

Há algumas perguntas muito simples, com respostas muito pouco claras, quando se fala de uma consulta de Psicologia.

1. O que se faz numa consulta de Psicologia?
Há várias perspectivas de trabalho em Psicologia com muitos pontos em comum, mas algumas diferenças também. As respostas às questões de que vos falo hoje, têm por base os modelos teóricos em que baseio a minha formação e intervenção.
O que se faz por detrás daquela porta?
Quando se chega a uma consulta de Psicologia, encontramos uma pessoa que nos é estranha e a quem vamos depositar as nossas maiores angústias: aos poucos, à medida que nos vamos conhecendo e sentindo confiantes para tal.
Por que razão é diferente falar com um psicólogo do que com um amigo?
Quando um psicólogo escuta, não escuta apenas os factos que lhe são transmitidos. Escuta o modo como as pessoas se colocam de forma única e irrepetível na vida, o modo como se relacionam com os outros, as situações com que se deparam e as estratégias e os recursos emocionais de que dispõem nessas circunstâncias tão específicas.
Quando a porta se fecha e se começa a conversar, as fragilidades ou dificuldades que ali a trazem, começam a ligar-se entre si, primeiro no pensamento e nas emoções do psicólogo, depois, ganhando contornos, forma, palavras no outro e na relação nova que ali surge e que se diz terapêutica.
Neste contexto, diferente de todos os outros, através de teorias, técnicas e estratégias muito específicas que tomam forma através da postura e do modo como o psicólogo se coloca na relação, surge a possibilidade de criar novas soluções e recursos emocionais para os problemas que trazem as pessoas à consulta.

2. E que motivos podem trazer as pessoas à consulta de Psicologia?
Ansiedade, crises de ansiedade, fobias, medo de estar com os outros, de sair de casa, ataques de pânico, compulsões, angústias, dificuldades sexuais, problemas de saúde físicos que não têm causa física, dificuldade em estar só, pouca autonomia…
A lista de motivos que trazem uma pessoa à consulta de Psicologia não termina.
Deixa-me colocar a questão de outra forma.
Todas as pessoas têm fragilidades. Todas as pessoas têm fragilidades que nunca tiveram possibilidade de elaborar ou de desenvolver mais ou melhor. Quando necessário lidar com elas, fazemos uso dos nossos melhores recursos ou adaptamo-nos, como vai sendo possível. Depois chegamos àquele ponto. O nosso limite.  Podemos não saber como ou quando é que ali chegamos, mas já lá estamos.
Que angústia é aquela?
Que nome lhe damos?
Às vezes nem a sabemos explicar.”Será que passa?”
“Será um exagero?”
“Não é nada!”
“Não se passa nada!”
“Parece não ter explicação!”
“O que vão pensar os outros?”
“Isto passa com o tempo.”
Podemos não saber como ou quando é que ali chegamos, mas já lá estamos.

3. Quanto custa ir a um psicólogo?
As consultas de Psicologia possuem um carácter regular durante algum tempo.Hoje em dia existem imensos acordos com seguradoras e outros subsistemas de saúde, pelo que lhe recomendo que contacte a clínica onde deseja ser atendido/a para se informar dos valores.

Deixo os contactos das clínicas onde me pode encontrar:

Passo a Passo – Centro de Desenvolvimento (Rua Francisco Stromp, Lisboa): 217 524 155

Ucardio – Centro Clínico, Unidade Cardiovascular (Riachos, Torres Novas): 249 829 737

Clinica Liberty Portugal (Avenida da Liberdade, Lisboa): 213 420 680