Exposição Permanente
“De tudo que existe, nada é tão estranho como as relações humanas, com suas mudanças, sua extraordinária irracionalidade.”
Virginia Woolf
Como define numa fotografia as relações com as pessoas que têm vivido 2020 consigo?
Coimbra, Portugal
“Amor em tempos de Pandemia. Juntos somos 1 só.”
Guarulhos, Brasil
“Só estou eu na foto, pois nessa quarentena a maior parte do meu convívio tem sido online, eu acho que meus pais e minhas irmãs não contam como convívio, pois eles fazem parte da minha vida, mesmo às vezes eu não querendo, a família está lá, apesar de alguns desentendimentos gosto bastante deles.”
Madrid, Espanha
“Não há máscaras, distância de segurança ou vidros de protecção que o vençam. Esteve presente num olhar, numa vídeo chamada com amigos ou família, numa gargalhada que só se ouve mas não se vê, numa noite silenciosa enquanto se contempla a lua, ou até mesmo nos novos abraços de “cotovelo”. O AMOR esteve sempre presente e é o sentimento que nos mantém vivos, ligados aos nossos e conectados à terra. Não te esqueças de amar-te, ser amado e amar, hoje!”
Rio de Janeiro, Brasil
“Essa no meu quintal na frente da minha jabuticabeira.”
Winnipeg, Canadá
“Juntos em segurança e de partida para aventuras.”
“O esperado nos mantém fortes, firmes e em pé. O inesperado nos torna frágeis e propõe recomeços.”
Machado de Assis
A fotografia deste desafio foi a mais difícil das três. Perguntava pela relação com os outros, mas ecoou dentro de cada um.
Estar consigo mesmo, adaptarmo-nos, desafiarmo-nos, mudarmos o modo de comunicação e continuarmos a ser os mesmos são algumas das ideias que ficam. As fotografias nesta exposição trazem a ideia de que continuamos juntos e focados naquilo que nos une e verdadeiramente importa, por muito frágeis e por muitos recomeços que surjam.
Cada fotografia nesta exposição é um abraço em imagem e palavras às pessoas da vida de cada um e a si mesmo pela bondade e coragem de continuar a encontrar formas de estar com quem importa.
“De tudo que existe, nada é tão estranho como as relações humanas, com suas mudanças, sua extraordinária irracionalidade.”, diz a Virginia Woolf. Talvez seja, mas também nada nos faz crescer tanto e ser tão felizes como os outros.
Muito obrigada à Catarina, ao Álvaro, à Luzia, à Natacha e ao Gabriel por estarem aqui. Tenho crescido convosco.