Seria fácil incendiar esta exposição. Bastava para isso questionar: afinal de contas, o que é isso de ser feliz?
Uns diriam ser uma coisa muito individual – como discutir isso? Outros talvez recorressem a padrões culturais ou a regras estipuladas e pouco questionadas.
Poderíamos recorrer à literatura e o que não faltariam seriam pensadores, ciências e pseudo-ciências a argumentar o assunto.
Uma outra hipótese seria perguntarmos a opinião de quem nos rodeia e fazer uma sondagem – no Instagram, claro. Poderíamos encontrar algum consenso, mas também não seria linear.
A felicidade é um conceito que toca a todos e, como se pode constatar em capas de revista, suscita facilmente a produção de passos infalíveis e, muitas vezes, completamente contraditórios de uma publicação para a outra.
A exposição que inauguramos hoje, com 22 duas fotografias de felicidade, espelha a gentileza destes 8 autores em partilharem os sonhos que criam caminho nos seus dias e aqueles pedaços de dia que os levam a alcançar sonhos. Pela fotografia evocam as sensações boas, as alegrias que os outros directa ou indirectamente fazem sentir, transformando e permitindo crescer. E quando esta partilha é possível, devolve-se em dobro: tanto o prazer destas sensações e ideias bonitas, como ainda um pouco de nós.
O mundo só avança se avançarmos juntos.
“Os sonhos do acordado são como os outros sonhos, tecem-se pelo desenho das nossas inclinações e das nossas recordações.”
Obrigada por partilhares estes sonhos comigo.