Exposição Permanente

"De que mais gosta nos seus dias fora de casa?"

“Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.”

Fernando Pessoa

“Expandir horizontes. ⁣
Sair de casa traz-nos outras pessoas, outros sítios e outros assuntos.”

Natacha Pessanha

Madrid, Espanha

“Sentir as ruas de Madrid e as suas gentes! Aproveito para partilhar um texto de Miguel Mihura que embora esteja em espanhol descreve lindamente esta cidade que também já é minha…
“Porque Madrid, en realidad, no es nada especial. No tiene un gran río. Ni apenas rascacielos. Ni canales, ni lagos. Ni gloriosas ruinas. Ni mar. A Madrid le faltan muchas cosas. Pero tiene la gente por las calles. El rincón inesperado. La variedad. El contraste. La animación constante. Y sus costumbres. Vale la pena levantarse temprano – por una sola vez – para vivir un día la vida de Madrid”.”

Álvaro Sanches

Guarulhos, Brasil

“Do que mais sinto falta é caminhar no parque público perto de casa. Quando a vida voltar ao normal vou iniciar as corridas ao qual eu estava me preparando.” 
 
 
 

Gabriel Evangelista

Winnipeg, Canadá

“Please allow me to introduce myself
I’m a man of wealth and taste
I’ve been around for a long, long year
Stole many a man’s soul to waste”

Catarina Lopes

Coimbra, Portugal

Gosto da liberdade de sentir o vento na cara e sonhar!”

“Gosto da tranquilidade que a beleza da natureza me transmite..”

“Gosto de “viver” fora de casa com quem ama incondicionalmente 

e pede apenas carinho em troca!”

 

“Casa arrumada, roupa passada, bebé a dormir, descanso a respirar ar puro, ouvir os grilos e beber um cházinho gelado.”

Ana Filipa Almeida

Albergaria-A-Velha, Portugal

“Do convívio com os amigos e família!”

 

Sandra Oliveira

Coimbra, Portugal

“A imensidão do (a)amar”

“Reencontros”

Luzia Scalerzio

Rio de Janeiro, Brasil

“Parque em Friburgo, Rio de Janeiro”

“Passeio no Jardim Botânico no Rio de Janeiro ❤️”
 

“Hotel em Lambari no estado de Minas Gerais”

“Parque em Lambari – Minas Gerais.”

“Ponte Rio-Niteroi. No Rio de Janeiro.”

Imaginário:

“Termo derivado do latim Imago (imagem) e empregado como substantivo na Filosofia e na Psicologia para designar aquilo que se relaciona com a imaginação. Isto é, com a faculdade de representar coisas em pensamento, independentemente da realidade.”.

É esta a definição de “Imaginário” para Elisabeth Roudinesco e Michel Plon.

Representar coisas em pensamento pode ser tirar uma fotografia e pensá-la, responder a uma pergunta ou pensar depois o que  fazer com o que foi pensado.  

O modo como as pessoas se relacionam entre si, consigo mesmas e com o mundo que as rodeia não segue fases estanques, é uma construção. Primeiro a criança percebe que existe, tem mãos, é um todo e a sua voz quando gritada chama a mãe ou o pai para resolver o que precisa ver resolvido.

É um grito que evoca o cuidado dos pais e faz crescer a tranquilidade em todos. 

O grito – o choro – e a capacidade de ser compreendido rasga um espaço novo, em branco ou rabiscado que um dia será imaginação.

Esta folha em branco de rabiscos, passa a ter borrões, depois cores e formas definidas, relação entre elas e um dia uma história. Muitas histórias. Histórias que combinadas entre si revelam uma pessoa.

A adversidade questiona as técnicas que desenvolvidas nesta folha e a imaginação cria espaço não só para as testar como para imaginar de que outra forma podem ser usadas. 

Tirar uma fotografia é criar um mood board para a nossa imaginação. É dar-lhe elementos para que possa brincar com as emoções e as ideias para que possa criar soluções.

Para responder à pergunta “De que mais gosta nos seus dias fora de casa?”, o elemento mais recorrente entre as fotografias é o horizonte.

Cada horizonte é diferente no seu significado e remete para o modo de ser de cada um. Um céu a descobrir entre prédios e duas pessoas a brincar são também horizontes. Mundos a espreitar caminhos por onde expandir.

Se em tempos um grito era o sinal que trazia a tranquilidade de novo à vida, nestas fotografias o grito é a possibilidade de conhecer novos locais, ligar às cidades que se vivem em cada dia, o cuidado com a saúde, as actividades que trazem felicidade e os outros.

“Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.”. Muito obrigada à Natacha, ao Álvaro, ao Gabriel, à Catarina, à Filipa, à Sandra e à Luzia por tudo isso.