Quando comecei a montar esta exposição “Que fantasmas assombram este Halloween?”, o elemento transversal a todas as fotografias, uma vez mais, era muito claro. Todos os participantes identificaram a tolerância à frustração, a capacidade de suportar o desconhecimento do futuro relativamente a cada um dos fantasmas identificados.
Autores franceses e brasileiros fazem uso do termo “fantasma” para se referirem à realidade psíquica, conceito que se diz respeito à expressão máxima de alguém, as histórias e os significados únicos que o constituem.
Ao olhar para estas fotografias, questiono-me se neste processo, cada um destes fotógrafos constatou que o fez através da acção, como que um ensaio de não só dar nome aos “fantasmas” que assombram este Halloween, mas de lhes criar um lugar. Uma fotografia transformou-se numa montagem fotográfica, um fantasma que tomou a forma física numa abóbora, uma viagem como uma reflexão que vai tendo lugar ao longo do caminho ou uma mão cheia de nada que preenche os dias de sonhos e desejos. Este pequeno vislumbre das suas histórias é um reflexo da importância dos recursos emocionais e da possibilidade de todos poderem ter acesso a esta dimensão da nossa saúde.