Sara Carvalhal

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22 Mar 2020
Os Dias no Divã

é para a menina e para o menino

Ou a razão pela qual não me faz sentido dizer que os meninos e as meninas podem brincar com todos os brinquedos.

As meninas brincavam com bonecas, os meninos pareciam só gostar de jogar à bola. As meninas brincavam às casinhas, os meninos com carrinhos. Actualmente, por oposição a esta posição, os brinquedos são de todos. 

Sim, é verdade, parece-me um absurdo.

E parece-me um absurdo, porque as crianças não escolhem os brinquedos com que querem brincar por serem meninos ou meninas. Os brinquedos são uma projecção do seu mundo interno, são instrumentos para dramatizarem fora de si situações internas, ideias ou emoções que ainda não sabem resolver ou entender. Os brinquedos ajudam a pensar fora de si, a procurar soluções para as suas dúvidas.

Por este motivo, é comum uma criança chegar a casa da escola e a mãe perguntar:
– Que fizeste hoje na escola?
– Nada.
– Correu tudo bem?
– Sim.

E depois desenrola-se um teatro cheio de drama e emoção na brincadeira, envolvendo vários amiguinhos da escola.

Não há palavras para nomear o que os preocupa. Os brinquedos, sejam eles quais forem, servem este propósito: dão lugar ao que não sabem nomear; atribuem-lhes forma, permitem olhar de fora para depois ser possível chegar ao entendimento e resolverem.

Não é relevante se os brinquedos são de menina ou menina. É relevante isso sim, o que escolhe cada criança, o que cada criança faz quando está a brincar.

Se tiveres interesse em ler mais sobre a formação da nossa identidade, nomeadamente da nossa identidade sexual, segue o link: 
Se é para desejar, desejamos em grande!

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Tenho uma amiga de quem vos vou contar. É uma men Tenho uma amiga de quem vos vou contar. É uma menina de coração grande e que me deixou o melhor dos presentes: não se esquece de mim, desenhou-me muito favorecida, mostrou-me como é fantástica a crescer e já sabe escrever. Nenhuma resposta minha poderá ser tão bonita.
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Tamut viveu 700 anos antes de Cristo. Foi cantora, ficou conhecida como “senhora da casa” e eventualmente ajudou o pai nas funções religiosas que desempenhava. 

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